Um dia se faz belo, quando fazemos o que queremos, quando
fazemos o que amamos... Talvez ler um livro, assistir um bom filme, ficar de
bobeira, resolver questões matemáticas e comer algumas frituras me faça
instantaneamente feliz, feliz o suficiente pra esquecer as agruras da desta
vida.
Estou lendo um livro aparentemente absurdamente bom;
Crime e Castigo, de Dostoievski.
Escrevo este post apenas para fazer inveja a um amigo meu
que deseja ansiosamente ler essa obra assim como eu desejava... rsrs, ele vai
ter que esperar mais um pouco até que eu deguste este delicioso prato!
O fiódor deixa mágica nos seus escritos, principalmente
quando narra o que estar passando com Raskólnikov, personagem principal da
obra...
“Acontece que se achava, de uns tempos para cá, num
estado de tensão e de irritação permanente que tocava, quase, os limites da
hipocondria. Habituara-se a viver tão recolhido em si mesmo, e tão isolado, que
passou, então, a temer como aproximar-se de qualquer pessoa. A pobreza o
esmagava. A verdade, porém é que nestes últimos tempos, a própria miséria, para
ele, não representava mais sofrimento. Abandonara, de vez, todas as suas
ocupações diárias, tudo o que fosse trabalho.”
P.11
O que acho interessante quando Dostoievski escreve, é a
metáfora impregnada nas coisas reais... Pessoas podem interpretar o estado de
aflição desse rapaz de várias formas! E isso da vida à obra, talvez seja por
isso um clássico. Eu? Eu a interpreto de maneira otimista... o garoto pelo
menos consegue fazer com que a miséria para ele não representa-se mais
sofrimento, com isso entendo o grave
estado que se encontra... Terrível estado... O livro pode até de cara parecer
melancólico, mais não é, o fiódor sabe a hora de deixá-lo dramático e a hora de
deixá-lo racional.
Por a obra ser tão boa! Divido sua leitura com outro
livro também muito interessante que ainda não havia lido; O triste fim de
Policarpo de Quaresma...
Então me de licença caro leitor, tenho muita coisa a
fazer... Você deveria ter também! Até.
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