quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Apenas literatura


Um dia se faz belo, quando fazemos o que queremos, quando fazemos o que amamos... Talvez ler um livro, assistir um bom filme, ficar de bobeira, resolver questões matemáticas e comer algumas frituras me faça instantaneamente feliz, feliz o suficiente pra esquecer as agruras da desta vida.

Estou lendo um livro aparentemente absurdamente bom; Crime e Castigo, de Dostoievski.
Escrevo este post apenas para fazer inveja a um amigo meu que deseja ansiosamente ler essa obra assim como eu desejava... rsrs, ele vai ter que esperar mais um pouco até que eu deguste este delicioso prato!

O fiódor deixa mágica nos seus escritos, principalmente quando narra o que estar passando com Raskólnikov, personagem principal da obra...

“Acontece que se achava, de uns tempos para cá, num estado de tensão e de irritação permanente que tocava, quase, os limites da hipocondria. Habituara-se a viver tão recolhido em si mesmo, e tão isolado, que passou, então, a temer como aproximar-se de qualquer pessoa. A pobreza o esmagava. A verdade, porém é que nestes últimos tempos, a própria miséria, para ele, não representava mais sofrimento. Abandonara, de vez, todas as suas ocupações diárias, tudo o que fosse trabalho.”  P.11

O que acho interessante quando Dostoievski escreve, é a metáfora impregnada nas coisas reais... Pessoas podem interpretar o estado de aflição desse rapaz de várias formas! E isso da vida à obra, talvez seja por isso um clássico. Eu? Eu a interpreto de maneira otimista... o garoto pelo menos consegue fazer com que a miséria para ele não representa-se mais sofrimento, com isso entendo  o grave estado que se encontra... Terrível estado... O livro pode até de cara parecer melancólico, mais não é, o fiódor sabe a hora de deixá-lo dramático e a hora de deixá-lo racional.

Por a obra ser tão boa! Divido sua leitura com outro livro também muito interessante que ainda não havia lido; O triste fim de Policarpo de Quaresma...
Então me de licença caro leitor, tenho muita coisa a fazer... Você deveria ter também! Até. 

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