segunda-feira, 30 de abril de 2012

Incompreensão

Tento compreender... penso... ao final, iludo-me. Sempre me escapa a compreensão disso que chamamos de vida. Não consigo me acostumar com essa ideia, a gente se acostuma muito pouco, tudo achamos normal... alguém disse que era princípio de loucura, que seja, penso que se estar em min, apenas eu consigo compreender, mais o grande desnorteamento é exatamente isso! não consigo entender nada. Decido então escrever, é aliviante ver símbolos pretos em um papel branco, símbolos que sossega minha alma, não por entrar, mais por sair dela.... símbolos sufocantes! Consigo me atrair pelo difícil, é fácil de mais fazer o que todos fazem, o que é normal! não gosto da palavra normal! o que todos percebem é o que todos já sabem. Só então depois de vários delírios, sinto a necessidade de iludir-me com o que todos pensam, se não passo de louco para insuportável. Amo solidão, ela me entende. 

F. Júnior


segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma amizade a distância

Talvez seja pior que fazer uma faculdade sentado na frente de um televisor assistindo uma gravação que foi criada a uns dois anos atrás... não pela pessoa, quer dizer, na verdade é sim... é exatamente pela pessoa que digo isso, tão assim 'perfeita' que se faz desperdício te-la distante... são os tropeços da vida. Um digitar aqui, outro digitar lá, um 'lá' que eu não sei onde é... um aqui que ela não sabe aonde fica... na verdade acho que a tecnologia afasta mais ainda as pessoas, na verdade além de deixa-nos saber que estamos afastado, nos massacra, triste concepção de ideia! malditos programadores... Mais também trata-se de um rotina, não querendo dizer que amizades são rotinas, mais afinal de conta caro leitor, o que tem de bom na vida que o repetir dos dias afugentados não o transforma em rotina? ... ta bom, não é rotina... não vou passar o resto do texto tentando prova que é, mais sei de uma coisa... a irmã dela sempre gosta de ligar quando justamente eu estou conversando com ela! me diz então se isso não é rotina? das piores... De repente vários insights me vem na cabeça, umas idéias malucas que em última análise não poderia ser ditas a quem estar distante! ideias como; vamos fugir ? talvez já estamos 'fugidos' um do outro... mais a rotina do dia continua leitor, pobre leitor... Existe dias de indiferença, dias que eu não to nem aí pra o que eu falo, acho que do lado de lá acontece o mesmo, talvez por pensarmos que é apenas alguém distante... triste visão a minha! claro que não é, tá, sei que é, mais talvez um dia não seja mais, o mundo gira, e gira legal. Hoje ela me contou depois que quase a engolir em palavras por não ter assistindo um vídeo que a enviei, que viu um cara morrer na sua frente! caraca! isso é surreal... ela lá tão distante me falando da morte de uma outra pessoa que também não conheço, os dias de hoje  são muito imediatistas, na verdade o que não conseguimos sabe? não sei, a verdade é que gosto disso, dessa ilusão real, talvez seja mais frutífero do que um 'amigo' perto (acho que da pra entender o tom de ironia).
Talvez um dia eu passe por aí, então a gente se ver... então finalmente a gente se ver... como num conto, e o que é real se tornará mais real ainda, tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes, como dois passarinhos que voam se direções, nem objetivos. Bjos. ( pareceu uma carta néh no final? kkk', altas doses de filosofia foi o assunto dessa noite! ).

F.Júnior

sábado, 21 de abril de 2012

Concreto, batom e frases sem fim

Acho que sou apenas um animal sentimental que se apega rápido ao que desperta o meu desejo, agora quando penso em você fico com os dois pés atrás, e não mais apenas um, eu estava com a ideia mais você mudou os planos, e se talvez eu estivesse com os planos você mudaria de ideia. Não tenho forças pra fugir da sombra de sua silhueta que se forma em minha retina todas as vezes que fecho os olhos, antes eu sonhava agora já não durmo, antes apenas eu sabia, agora todos já sabem inclusive você, e o que era raro ficou comum como um dia depois do outro, como o repetir do fim das tardes quando você se vai, e eu ficou. O que você me pede eu não posso fazer, assim você me perde, não... na verdade eu perco você, como um barco perde o rumo, como uma árvore no outono perde as flores. O que você não quer eu não quero insistir, mais diga a verdade doa em quem doer, pois todos os dias iremos ao mesmo lugar e será triste vê-la com outros olhos, olhos de indiferença, sera triste ver o amor que não saiu do chão, que não decolou e não saiu do lugar. O jogo acabou de repente, o céu todo desabou sobre a gente, agora só tente entender a minha ironia se eu disser que já sabia,  porque o melhor esconderijo e a maior escuridão que era você já não me serve de abrigo e não dá mais proteção, na verdade há um muro de concreto entre os nosso lábios, batom e frases sem fim... nem caiu a ficha e já caiu a ligação. 


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sinuca e Matemática


Já era a quarta vez seguida que eu não acertava a tacada! não estava desconcentrado, apenas sou péssimo em sinuca, mais tento de vez em quando com amigos...
Acho que isso aconteceu na quarta partida; um homem mal trapino entrou no bar, e já entrava bêbado como pode-se perceber! aparentava-se ter seus 53 anos... não me pergunte porque 53 anos, apenas acho que tinha uma idade bem próxima disso. O jogo estava ficando bom pra min, consegui uma tacada linda que decidiu a partida! a tacada FJ (F.Júnior) rsrs... mais antes que isso acontece-se um outro bêbado que estava a pouco tempo observando nossa partida interrompeu-nos e como todo bêbedo fala, levantou seu dedo indicador e começou a falar sem falsa modéstia; olhe aqui vocês três! sei que são jovens, estudam, faculdade e tudo mais... mais hoje estão aqui se divertindo! mais antes que continuem olhe só aquele homem!
E apontou para o bêbado que vi entrar no bar e disse...
-aquele homem era meu professor de matemática! sim... meu professor de matemática, e ele era um cara muito fera! muito fera mesmo, mais o que a bebida não faz com um homem! E logo chamou outro cara que estava no bar para confirmar aquilo que dizia...
Ficamos simplesmente pasmos, mal podíamos imaginar que aquele homem que a pouco entrara naquele estabelecimento em situação inegavelmente precária domado pelo vício da bebida era um professor de matemática, ainda por cima 'muito fera', como falou o segundo bêbado...
Reaprendi que nunca devemos olhar para as aparências, elas enganam, e muito... existe por aí fora muitos outros 'bêbados gênios' na qual seu brilho foi ofuscado por alguma barreira da qual não sabemos de que material foi construída, e de cara apenas ignoramos por ser um ser 'excluído da sociedade', não dando importância à sua essência... ele era um matemático, agora um bêbado louco... um bêbado louco para uma sociedade desumanamente louca... ele era um matemático, agora um bêbado louco...

F.Júnior


domingo, 15 de abril de 2012

Espelhos

Já parou para pensar o que seríamos se não existissem os espelhos? o que seríamos? como seríamos? certa vez 'escutei um livro falar certas asneiras' que no início achei patético, mais logo percebi o quão era profundo aquilo que eu acabara de aprender, aquilo que eu acabara de ler...
O livro contou-me um situação hipotética, de uma pessoa que por horas perdera a memória após levar uma pancada na cabeça, e logo foi colocada em um balão, isso mesmo... um balão que a levara para o mais alto céu do oceano atlântico em uma madruga fria, e somente lá a pessoa acordou, sem se lembrar de nada... de nada mesmo ! o que ela via? apenas raios que começavam em um extremo do horizonte, e terminava em outro. Logo a concepção de vida dela tornou-se totalmente diferente, ela criou na sua mente de que nada é absoluto, e que tudo era tão instantâneo como aqueles raios que vinham e iam... era os seus espelhos... e se a trouxessem para a vida normal, acharia tudo confuso e com certeza nos chamaríamos de loucos!
Pra tudo precisamos de espelhos, são eles na verdade que modela o nosso caráter... então passei a 'evitar' críticas a respeito dos outros, na verdade ninguém tem culpa até certo ponto do que é... até certo ponto... há momentos que podemos escolher quem pode ser nossos espelhos! um cantor de rock?! um poeta?! seus pais?! um livro?! não sei, apenas me pergunto o que realmente seríamos se os espelhos não existissem.

F. Júnior


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ilusória ilusão

Na loucura tudo é louco, tudo é delírio, um vai que não volta, uma ilusão que nos comporta...
Minha verdade é sua desculpa, minto na sua presença para parecer saudável, na verdade tenho medo do amor, medo de te amar...
Quer apenas se divertir? quer apenas ter uma noite legal? então largue-me, estar com a pessoal errada, errada no modo de agir, errada no modo de ser, de falar, de agir... errado... errado por completo, errado totalmente...
O que talvez me contentará? um copo de vodka? uma noite agitada? um delírio passageiro? sinto que estou usando de forma errada as interrogações deste texto...
Vomitaram na minha cama, e ainda continuo calmo, com se você estivesse ao meu lado, como todos os dias da semana...
Quero dormir... acordar? talvez... quero apenas dormir, mais não posso... uma noite perdida, uma noite fingida, uma noite de delírios...